terça-feira, 31 de julho de 2012

SE EU MORRESSE AMANHÃ, POEMA DE ÁLVARES DE AZEVEDO


Se eu morresse amanhã, viria ao menos / Fechar meus olhos minha triste irmã; / Minha mãe de saudades morreria / Se eu morresse amanhã! /Quanta glória pressinto em meu futuro! / Que aurora de porvir e que manhã! / Eu perdera chorando essas coroas / Se eu morresse amanhã! / Que sol! que céu azul! que dove n'alva / Acorda a natureza mais loucã! / Não me batera tanto amor no peito / Se eu morresse amanhã! / Mas essa dor da vida que devora / A ânsia de glória, o dolorido afã... / A dor no peito emudecera ao menos / Se eu morresse amanhã! (Álvares de Azevedo)
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo12 de Setembro de 1831 — Rio de Janeiro25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-RomânticaByroniana ou Mal-do-século), contistadramaturgopoeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna. VER MAIS

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