sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Soneto da separação, de Vinicius de Moraes, dito por Chico Buarque


Vinícius de Moraes  (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913  Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. VER MAIS

"RIMAS" (nursery rhymes) DA GRANDE ARTISTA PAULA REGO


Paula Rego é uma das artistas mais famosas e problemáticas que trabalham atualmente na Grã-Bretanha. Ela tem renovado continuamente sua linha de execução, que incluiu o corte e colagens pintadas dos anos 1950 e 60. As imagens de animais dos anos 80, que se desenvolveram como as composições mais fundamentados, os pastéis grandes, a fixação obsessiva com o trabalho diretamente e a experiência observada e adquirida, estimulam a sua imaginação. Existem dois pilares centrais para a compreensão da grande artista. Em primeiro lugar: que ela é, proeminentemente, uma desenhadora de alcance extraordinário, tanto estilística como emocionalmente, e segundo: ela é uma contadora de histórias por excelência. Juntos, esses dois atributos geram gravuras que são um meio altamente adequado no qual explora a sua imaginação fértil e muitas vezes desconhecida. Familiarizada com rimas infantis inglesas, da sua própria infância, a artista encontrou uma rica fonte de inspiração, imagens para cada rima, algumas já existentes em sua mente, ou próximos de si. Música: Gabriel Fauré (1845 -1924), Sicilienne op.78. VER MAIS

domingo, 26 de agosto de 2012

A OBRA DO PINTOR RETRATISTA ARSEN KURBANOV


Arsen Khairullavich Kurbanov nasceu em 1969, na cidade de Makhachkala, No Daguestão (na ex-URSS) filho de pais artísticas. Sua mãe é a pintora Galina Vasilevna Pshenitsina e seu pai é o pintor Khairullah Magomedovich Kurbanov.De 1981 a 1988 Arsen Kurbanov estudou na Faculdade de Arte do Daguestão. De 1988 a 1994, Arsen estudou no Instituto Repin de pintura, escultura e arquitetura (também chamada de Academia Russa de Arte) em São Petersburgo, e no estúdio de Neprintsov. Durante o tempo de estudante Kurbanov participou em exposições em Berlim. Depois que terminou os seus estudos, realizou exposições importantes * 1987: exposição no hall da queda da União Artistas do Daguestão. * 1988:  Exposição da União de Artistas Dagastan. * 1989: Exposição em Repin no Alto Berlin Institute.* 1992: Exposição na Casa de Cinema em São Petersburgo. * 1993: Exposição em TS VZ  St. Petersburg. * 1993: Exposição na União Artistas de São Petersburgo. * 1994:. Exposição na Câmara dos Cinematographers de St. Petersburg. Ele participou da execução de programas de televisão a Catedral, de 1993, e Hropograf, 1993.  Arsen continua a pintar em São Petersburgo e  apresenta as suas obras em exposições internacionais. Seus trabalhos foram publicados em vários livros e revistas, incluindo: Mestrado Internacional de Belas Artes- 2003. Catálogo de Exposição, 2003.* Tradição Redescoberta. Publishing comum, New Canaan

AnastasiyaK В самом деле? Я думаю, вы принимаете эту дань своему отцу и его работе. Я люблю ваши картины. Спасибо за комментариями. Обнять. Видела многое сегодня воочию  восхитительно ... великолепно ... . Потрясающе! думаю, вы принимаете эту дань своему отцу и его работе. Я люблю ваши картины. Спасибо за комментариями. Обнять.

Eugenio de Andrade - As palavras interditas - ditas pelo autor


terça-feira, 14 de agosto de 2012

NEM TUDO É FÁCIL, LINDO POEMA DE CECÍLIA MEIRELES

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisapintoraprofessora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.
Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó açoriana, D. Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 e estudou línguas,literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo,Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal. Ver mais

A OBRA FANTÁSTICA DO PINTOR CHAGALL


Marc Chagall (Vitebsk, Bielorrússia, 7 de julho de 1887 — Saint-Paul-de-Vence, França,28 de março de 1985) foi um pintor, ceramista e gravurista surrealista russo-francês. Nascido Mojša Zacharavič Šahałaŭ', na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade natal. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como a gostar e a exprimir-se nessa arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para a próspera cidade-luz, Paris. VER MAIS

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ADEUS, POEMA DE EUGÉNIO DE ANDRADE



Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.Acreditava,porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

UM BREVE OLHAR SOBRE A OBRA DO PINTOR RUSSO ALEXANDER BOGOMAZOV

Alexander  Bogomazov, ou Oleksandr  Bohomazov (em russo: Александр Константинович Богомазов, ucraniano, nascido 07 de abril de 1880 em Yampil, Kharkov Governorate (hoje região Sumy) -falecido a 03 de junho de 1930 em Kiev) era conhecido e teórico de arte moderna de vanguarda russa (historicamente, o termo "vanguarda russa" refere-se à arte de todos os países que faziam parte da Rússia / URSS no início do século XX). Em 1914, Alexander escreveu seu tratado A Arte da Pintura e dos Elementos. Nele analisou a interação entre o objeto, artista, espectador, imagem  e define o fundamento teórico da arte moderna. Durante sua vida artística Alexander Bogomazov dominou vários estilos de arte. Os mais conhecidos são Cubo-Futurismo (1913-1917) e espectralismo (1920-1930). 
De 1896-1902 Oleksandr Bogomazov estudou no Instituto de Agricultura em Kherson. De 1902 a 1905, frequentou a Escola de Arte de Kiev (KKHU), ao mesmo tempo ele tinha um estreito contato com Alexander Archipenko e Ekster Aleksandra. 

Em 1905 participou de manifestações políticas e greves. No mesmo ano foi expulso da Escola de Arte de Kiev. Em 1906 estudou no ateliê de S. Swiatoslavskiy. Bogomazov teve uma exposição em Kiev, juntamente com Archipenko. Naquele ano, mudou-se para Moscou e  tornou-se aluno do Fodor Rerberg e Yuon Konstantin. 

Em 1907 ele voltou para Kiev. Depois de 1907 fez exposições regulares em Kiev, incluindo as da Associação dos Artistas da Rússia e da Sociedade de Artistas Independentes de Moscou. Em 1908 ele participou numa exposição com o grupo de artistas Zveno em Kiev, juntamente com David Burliuk, Burliuk Wladimir, Ekster Aleksandra e outros. 

Em 1911 viajou para Finlandia (1912-191). Ele ensinou numa escola para o surdos mudos, em Kiev. De 1913 a 1914, estudou as obras dos futuristas italianos. Neste tempo, ele desenvolveu teorias de arte, e publicou seu ensaio A Arte da Pintura e dos Elementos. Em 1914, organizou a exposição Kiltse ("The Ring"), em Kiev, juntamente com A.Ekster entre outros. Em 1915 mudou-se para Bogomazov do Cáucaso, onde trabalhou como professor e pintor. 
Em 1919, ensinou no Estúdio Primeiro Estado para pinturas e arte decorativa em Kiev. De 1919 a 1920 foi Chefe do Departamento de Educação Artística no Comissariado ucraniano de Arte Visual. Ao mesmo tempo ele foi co-fundador do Movimento Agitprop ucraniano, e criou projetos para o movimento Agitprom. De 1922 a 1930 foi professor na Academia de Arte de Kiev (KKHI), juntamente com Vadim Meller, Tatlin Vladimir, Palmov Victor.Em 1927,  foi membro fundador da Associação dos Mestres Revolucionárias da Ucrânia (ARMU), juntamente com D.Burliuk, V.Meller, V.Palmov, Yermilov V. e outros. No mesmo ano ele participou na Exposição All-ucraniano Dez anos de Outubro (Kharkov, Kiev, Odessa), juntamente com Tatlin, Meller, Palmov, Epshtein entre outros. 

Alexander Bogomazov morreu em 03 de junho de 1930 em Kyiv (Kiev).

No aniversário da execução de Federico Garcia Lorca, pela milícia de Franco, lembramos a homenagem que lhe prestou Leonard Cohen

Leonard Cohen é um poeta, músico e cantor, reconhecido mundialmente, basta dizer que ganhou recentemente o prémio literário Príncipe das Astúrias.
Desde sempre mostrou grande admiração por Federico Garcia Lorca. Lorca, como é sabido, foi mais uma das vítimas de Franco, de quem era abertamente opositor, sem acusação ou julgamento, o grande poeta, a 19 de Agosto de 1936, foi executado com um tiro na nuca pela milicia de Franco e o seu corpo abandonado na Serra Nevada.
Em tempos, Leonardo Cohen compôs uma canção aproveitando os versos “ Pequena Valsa Vienense”, da obra “Poeta em Nova York”. A adaptação é perfeita e respeita quase na integra o poema de Lorca  abaixoVer mais sobre Lorca

                                                            PEQUEÑO VALS VIENÉS
En Viena hay diez muchachas,                                           En Viena hay cuatro espejos

un hombro donde solloza la muerte                                  donde juegan tu boca y los ecos.

y un bosque de palomas disecadas.                                    Hay una muerte para piano

Hay un fragmento de la mañana                                         que pinta de azul a los muchachos.

en el museo de la escarcha.                                                 Hay mendigos por los tejados,

Hay un salón con mil ventanas.                                           hay frescas guirnaldas de llanto.


¡Ay, ay, ay, ay!                                                                         ¡Ay, ay, ay, ay!

Toma este vals con la boca cerrada.                                     Toma este vals que se muere en mis brazos. 

Este vals, este vals, este vals, este vals,                                Porque te quiero, te quiero, amor mío,
de sí, de muerte y de coñac                                                    en el desván donde juegan los niños,
que moja su cola en el mar.                                                    soñando viejas luces de Hungría                                                 
Te quiero, te quiero, te quiero,                                               por los rumores de la tarde tibia,
con la butaca y el libro muerto,                                              viendo ovejas y lirios de nieve
por el melancólico pasillo,                                                      por el silencio oscuro de tu frente.
en el oscuro desván del lirio,                        
en nuestra cama de la luna                                                     ¡Ay, ay, ay, ay!
y en la danza que sueña la tortuga.                                      Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".
                                                                                                    En Viena bailaré contigo
¡Ay, ay, ay, ay!                                                                        con un disfraz que tenga
Toma este vals de quebrada cintura.                                   cabeza de río.
                                                                                                   ¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
                                                                                                   Dejaré mi boca entre tus piernas,
                                                           mi alma en fotografías y azucenas, quiero amor mío, 
                                                                                                   amor mio, dejar violín y sepulcro, las cintas del vals.