Filipe Marinheiro nasceu em Coimbra, a 30
de julho de 1982, e atualmente reside em Aveiro. Sobre a sua própria obra,
declara que é um “livro
que cria náusea e dor no leitor, ao reviver todas as experiências de vida e de morte e o seu questionamento”,
acrescentando que a poesia é “irrequieta,
recalcada, vivenciada numa doçura triste que flutua entre o oxigénio e o
dióxido de carbono do dia e da noite”, sendo por isso mesmo
uma “poesia em estado
selvagem” que transmite “uma busca incessante do silêncio definitivo, alegoria
para o local da paz”.
O jovem poeta confessa não saber definir a poesia, já que
considera que a palavra e a linguagem são meros instrumentos que o ajudam a
expressar estados de espírito, afirmando, por isso que, “se pela força da vida algum dia
souber defini-los”, estará louco ou morto. Contudo, apesar da sua
poesia ser marcadamente desassossegada e melancólica, “a tónica da mensagem de Filipe Marinheiro é esperança de resolução do mundo
pela suavidade, beleza e pelo amor” e, é possível
encontrar uma forte influência de poetas como Mário Cesariny, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, Charles Baudelaire, Al Berto ou Paul Bowles, entre
outros.
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